Ainda segundo a mãe do menino, apenas uma passageira socorreu o menino. Ela limpou o sangue no rosto do garoto e tentou acalmá-lo. Com medo de que ele fosse seguido e novamente agredido, a passageira acompanhou o rapaz até em casa. A mãe disse ao g1 que o motorista não reagiu para ajudar o jovem.
A mãe não estava em casa, mas, quando chegou, percebeu que o filho estava com ferimentos e muito abalado. Ele então contou o que aconteceu. Ela procurou a delegacia e o hospital no mesmo dia.
"Eu agora aguardo providências, porque como foi dentro do ônibus, tem imagens. Eu quero identificar quem fez isso com meu filho. Eu não quero que ninguém mais passe por isso nessa cidade, porque é um absurdo! É uma injustiça!", desabafou a mãe do menino.
De acordo com Rosane, tem três meses que o filho vai e volta sozinho da escola. Esse teria sido um pedido dele, que quer ter independência. Todos os dias, para garantir que o filho chegou bem à escola, ela sempre faz contato com a mediadora.
O que diz o município
A Prefeitura de Maricá informou que repudia a agressão sofrida pelo estudante no ônibus e alerta que todo flagrante de agressão deve ser encaminhado às autoridades competentes para ser punido com o rigor da lei. A Prefeitura disse, ainda, que considera inaceitável que episódios como esse aconteçam com estudantes da cidade.
A Empresa Pública de Transportes tomou conhecimento do caso após registro na Ouvidoria, na manhã da sexta-feira (4) e já está em contato com o denunciante para identificar o número do ônibus e o motorista. As imagens das câmeras serão cedidas à Polícia Civil para identificação dos agressores.
A conduta do motorista também será apurada para verificar se houve negligência. Em casos de violência flagrados por motoristas dentro do coletivo, a Polícia Militar ou a Guarda Municipal devem ser acionadas.
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