O caso teve repercussão na região e, dois dias após o crime, dois suspeitos foram encontrados mortos e um bilhete foi deixado junto aos corpos com a frase "Tha ai os 2 que estrupou a mulher Andresa" (sic).
Três anos se passaram e Andreza escreveu o livro "E se eu recusasse? - O que aconteceu no dia 02 de maio de 2019". A obra em dez capítulos detalha como a vida dela mudou.
Quando foi violentada, ela era estudante de psicologia. Ela contou ao g1 que não conseguiu dar continuidade no curso após a violência. Atualmente ela mora em São Paulo e trabalha como produtora musical.
O livro veio em 2022 após receber uma proposta. Ela conta que já tinha recebido propostas de escrever sobre o caso em 2019, mas não aceitou por ainda ser muito recente.
Andreza relata que, na época do crime, passou por muito julgamento e que muitas pessoas afirmavam que era mentira ou que a história estava "mal contada".
"Não fiz o livro pra provar nada a ninguém sobre o que de fato aconteceu. Quem passou fui eu, então só eu sei a dor que carrego. Eu fiz pra desabafar, pra mostrar pras pessoas como foi minha recuperação, mostrar como superei", conta.
A jovem diz que todos os dias recebe mensagens de meninas que foram abusadas e não tiveram coragem de contar nem para família. Ela fala que, após o lançamento do livro, cinco meninas entraram em contato e falaram que conseguiram contar, não só pra família como também para a polícia.
"Era isso que eu queria, ajudar as pessoas que têm medo de contar isso com medo do julgamento", revela.
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